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Pouco conhecida no ocidente, a alquimia chinesa surgiu entre os séculos IV e VI com raízes no Taoismo, antiga tradição filosófica-religiosa da China. Caracterizada pela sua natureza transcendental, a alquimia não era vista como uma forma de gerar riquezas, mas sim de alcançar a vida eterna com o intuito de se aperfeiçoar.  Em busca do elixir da longa vida descobriram a pólvora e através de seus estudos ajudaram no combate à malária séculos depois.

A alquimia chinesa apoiava-se em fundamentos do Taoismo como o Tao, os Cinco Elementos e o Yin e Yang. Acreditava-se que os alquimistas que seguissem o Tao, caminho, seriam verdadeiros sábios. O principal propósito dos chineses era a transmutação de metais comuns em ouro para produzir o elixir da longa vida e alguns ainda acreditavam que ao consumir alimentos em pratos feitos com este ouro também seria possível alcançar a imortalidade. Para eles a ideia de imortalidade consistia na longevidade, não para aproveitar os prazeres da vida, mas porque ansiavam por encontrar o “paraíso” e a cura para todas as doenças.

Na China, havia dois ramos alquímicos, a Alquimia Externa (waidan) e a Alquimia Interna (neidan). A Alquimia Externa se orientava no aspecto físico, almejavam a fabricação do elixir da longa vida por meio da manipulação de substâncias. Enquanto a Alquimia Interna, se guiava pelo refinamento espiritual, no aperfeiçoamento através da iluminação.

 Ge Hong é o alquimista chinês mais conhecido atualmente, escreveu diversas obras em diferentes áreas de estudo, entre elas a alquimia, a filosofia e a medicina. Sua obra alquímica mais conhecida é o Baopuzi, dividida em dois capítulos. No primeiro, disserta sobre elixires da longa vida, a transmutação de metais e a imortalidade através da alquimia, e no segundo trata sobre os problemas sociais e políticos da época. Também é responsável pela primeira fórmula escrita da pólvora e pelos ensinamentos deixados sobre a artemisia annua contra um dos sintomas da malária. Na década de 1970, Tu Youyou, uma cientista chinesa, usou seus estudos como base para isolar o princípio ativo desta planta, a artemisinina, e usá-la no tratamento da malária. Este feito rendeu a ela o Prêmio Nobel de Medicina no ano de 2015.

Tão rica quanto a cultura de seu país, a alquimia chinesa carrega o conhecimento milenar e a importância do aperfeiçoamento pessoal para o seu povo. Deixou marcas através da história e serve como exemplo de sabedoria e altruísmo para todos os admiradores da arte alquímica.

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Diferentemente de outros sistemas florais que se baseiam na metodologia e filosofia dos florais de Bach, criados pelo Inglês Edward Bach, o Sistema Floral Joel Aleixo utiliza os preceitos da Alquimia em todo o processo de criação dos florais, desde o plantio até o trabalho em laboratório.

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