“Uma profunda luta se trava em nosso interior quando resolvemos nos enfrentar. O Caos das Substâncias se revela sem luz. O medo de mudar se apodera de nossa consciência, que se amedronta diante do novo.
Revela-se a necessidade da transmutação dos metais interiores, que fazem vibrar na carne o corpo de luz.
Nos deparamos com as duas vias. A Via Negativa, que contrai as substâncias para que estas supurem a sua dor, e a Via Positiva, da consciência que se faz alerta diante dos desafios da escuridão. Nas duas vias, nesse instante fecundo, deve reinar o Silêncio da Alma que busca a paz do seu Espírito. É chegado o tempo de meditar sobre todas as nossas atitudes. Ao escolhermos as feridas da Via Negativa, devemos nos humilhar e limpar as nossas chagas com os bálsamos do perdão e com os fluidos da misericórdia divina, que se traduzem pela nossa fé.
Ao escolhermos a Via Positiva, devemos também nos humilhar diante dos paradigmas que se transformam em pó, para vermos nascer desse mesmo pó transmutado um novo Ser.
E renasceremos tal qual a Phoenix que lateja como o Fluginstom em nosso coração. O chumbo se transforma em ouro. As trevas se transformam em luz. Um novo caminho se revela diante de nós, como um arcano da Alquimia.
Nesse momentum, todas as portas fechadas se abrirão, todas as dúvidas se dissiparão, o caminho se elevará para o mais alto cume de nossa consciência desperta. Um novo silêncio reina, um silêncio que traduz a compreensão das nossas experiências, dos nossos limites, que traduzem bem as nossas culpas, e a felicidade se instala em nosso Eu.
Estamos prontos mais uma vez para mais uma batalha. Só que agora repletos de experiências interiores, novos valores que emergem a fim de continuarmos lutando e valorizando ainda mais a nossa sublime e maravilhosa vida.”
Por Joel Aleixo em dezembro/2003.