Roger Bacon nasceu em 1214, na cidade de Somerset, na Inglaterra. Se destacou pelo seu trabalho de alquimia, prática que, embora condenada pela Igreja medieval, ele exercia em segredo. Foi acusado de convocar os elementos da natureza, criar um espelho que podia revelar o futuro e esculpir um busto capaz de falar. Bacon deu uma enorme contribuição para a arte hermética. Uma famosa citação dele era a que ele comparava o trabalho alquímico com uma horta: mesmo se colhesse o que não pretendia, ter-se-ia cultivado e melhorado a colheita.
Após seu trabalho ser descoberto pela Igreja, foi perseguido e preso por dez anos. Na prisão escreveu várias obras, entre as quais figura como grande trabalho de sua vida o livro Opus Majus, manuscrito de caráter enciclopédico que ficou perdido por cerca de 450 anos (foi encontrado e publicado em 1733).
Sua obra alquímica foi reunida no século XVII com o nome “Tesouro Químico de Roger Bacon” e era composta dos seguintes livros: “Alquimia Maior”, “O Espelho da Alquimia”, “Sobre o Leão Verde”, “Breviário do dom de Deus”, “Os Segredos dos Segredos”, além de outras anotações.
Morreu pouco após sua liberdade ser concedida pela Inquisição, com oitenta anos de idade.
Roger Bacon em seu observatório na Merton College, Oxford.
Créditos: Wellcome Library, London.